14.9.09

Meleagro - Antologia Palatina (Grécia)

    
      
foto jsm     
      
     
     

Cegueira de Amor
        (XII. 60)
   
Um caso singular
mas sempre verdadeiro:
se poiso em ti o olhar
- abranjo o mundo inteiro!...
   
Porém, ó fado torvo e prepotente,
porém, ó sorte perra e negregada
se tu não vens, e passa toda a gente,
  Cego de repente
  - já não vejo nada!...
  
   
   
Tradução de Augusto Gil
    
     
     

4 comentários:

maria josé quintela disse...

o amor como denominador comum da poesia de todos os tempos e de todos os lugares.



a provar que é um poderoso sustento do mundo.




um abraço.

José Pires F. disse...

Creio que a melhor forma de comentar este poema, é deixar aqui um aforismo de Artur Lundkvist (Suécia).

Iço as velas do teu corpo
E parto nele para o mar.


Forte abraço.

simplesmenteeu disse...

Tão simplesmente dito e tão verdadeiro.
O mundo numa só pessoa, num só sentimento!
Poderoso! Fascinante e assustador...

Abraço terno

Isabel disse...

toda a cegueira é vista de fora para dentro com o filtro da saudade. como se fora o amor uma estrada sem margens e não a margem de onde se atravessa a estrada.

vem da antiguidade o moderno dizer.

não conhecia. grata.

e o pôr do sol é rubro como rubro será o elixir precioso da palavra que subsiste pelo tempo adentro.


.


abraço.