29.11.09

Ruy Belo (Portugal)

   
    



foto jsm
   
   

EPÍGRAFE PARA A NOSSA SOLIDÃO


Cruzámos nossos olhos em alguma esquina
demos civicamente os bons dias:
chamar-nos-ão vais ver contemporâneos
     
     

23.11.09

Prémio Revelação em Literatura Infantil e Juvenil Matilde Rosa Araújo

  



Era uma vez... um mundo


Um grupo de jovens finalistas do Secundário, um orientador, uma escola, muitos amigos e... o mundo. No mundo, do mundo e para o mundo, num misto de culturas, pensamentos, emoções e atitudes nasce uma vontade – mostrar que a tolerância facilita o diálogo.

A OLHA Edições tem a honra de anunciar que o seu primeiro livro "Era uma vez... Um mundo" foi agraciado com o Prémio Revelação em Literatura Infantil e Juvenil Matilde Rosa Araújo, para o qual se tinha candidatado no passado mês de Junho.

Este livro foi desenvolvido no Colégio Marista de Carcavelos, sob a coordenação do Professor António Coelho.

Em nome da OLHA, e como parceira do projecto, envio aos autores e co-autores o meu abraço de parabéns.


Paula Viotti
Directora da OLHA Edições
    
     

20.11.09

Kalidasa (India)

     
      

foto jsm
    
    
    
O DESEJO...




O desejo a impele ao encontro do amante
O receio a detém por um momento
Parece a seda de um estandarte
Que ora se abandona ora se furta ao vento



Tradução de Jorge Sousa Braga
     
     

14.11.09

Fiama Hasse Pais Brandão (Portugal)

     
    


foto da net sem indicação de autor
    
  


Epístola para Dédalo

Porque deste a teu filho asas de plumagem e cera
se o sol todo-poderoso no alto as desfaria?
Não me ouviu, de tão longe, porém pensei que disse:
todos os filhos são Ícaros que vão morrer no mar.
Depois regressam, pródigos, ao amor entre o sangue
dos que eram e dos que são agora, filhos dos filhos.

in Epístolas e Memorandos, 1996
   

13.11.09

Maresias (Portugal)

     
    

"Os Poetas saem à Rua"


  
Antologia poética em formato de pins, da autoria da Maresias.
    
    

12.11.09

Florbela Espanca (Portugal)

   
     



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Tarde no mar


A tarde é de oiro rútilo: esbraseia.
O horizonte: um cacto purpurino.
E a vaga esbelta que palpita e ondeia,
Com uma frágil graça de menino,

Pousa o manto de arminho na areia
E lá vai, e lá segue o seu destino!
E o sol, nas casas brancas que incendeia,
Desenha mãos sangrentas de assassino!

Que linda tarde aberta sobre o mar!
Vai deitando do céu molhos de rosas
Que Apolo se entretém a desfolhar...

E, sobre mim, em gestos palpitantes,
As tuas mãos morenas, milagrosas,
São as asas do sol, agonizantes...
    
     

3.11.09

Anónimo (Antologia Grega)

  
   



foto jsm

   
     
   
Oferenda
      
Ofereço-te um perfume? Ofereço-te ao perfume?
No fim de contas, tu — perfumas o perfume.



Tradução de David Mourão Ferreira
     
    

1.11.09

Pierre Kemp (Países Baixos)

   
   


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Sonhos

Certas noites  sigo uma luz amarela
até uma porta azul, onde se lê: Sonho.
A porta não é aberta por minha mão
nem sou convidado por uma mulher
para comprar sonhos, e mesmo assim
sempre eles foram pagos por mim.
À noite não fiquei nada a dever.
   
   
Tradução de Fernando Venâncio