foto jsm
Certas noites sigo uma luz amarela
até uma porta azul, onde se lê: Sonho.
A porta não é aberta por minha mão
nem sou convidado por uma mulher
para comprar sonhos, e mesmo assim
sempre eles foram pagos por mim.
À noite não fiquei nada a dever.
Tradução de Fernando Venâncio
6 comentários:
e deve-se tudo aos sonhos...diria eu se soubesse dizer. um pouco mais de luz sobre a porta do esquecimento. ou sobre a boca da noite. Pierre Kemp é todo ele acinte.
a tela parece ser de um barco e o barco é uma tela.azul como a porta de uma alegoria.
e saio. e deixo um abraço.
os sonhos têm luz verde. sempre.
há quem os sonhe cor-de-rosa. eu prefiro-os a preto e branco. não dou o exclusivo à noite.
um abraço.
Isabel Mendes Ferreira
Sim caríssima Poeta, a tela é mesmo um barco. O fundo de um barco. Uma alegoria como diz dos atributos da coisa representada, uma metáfora que dá a entender uma coisa expressando-a por outra.
Concordo com a sua apreciação à obra de Pierre Kemp, claro.
Abraço.
Maria José Quintela
Cara amiga, sonhar a cores é bem melhor.
E é claro que nem todos os sonhos são propriedade da noite onde uma coisa representa outra diferente.
Abraço
«E sabei que segundo o amor tiverdes
Tereis o entendimento dos meus versos»
Camões
certas noites
pergunto quantas bocas tem o sonho
ou em que abrigo temporário se demora.
outras há, em que me cumpro nesse destino de cores.
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um beijo, multiplicado
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