foto jsm
são sílabas lentas. a debandar pássaros tontos. na rota do desencontro entre a pele e o abraço. à velocidade de um atraso eterno.
são vagos pressentimentos. imperceptíveis rupturas. pétalas que o vento arranca dos ninhos da pele. e um deus indistinto que me murmura ao ouvido os fluidos da noite em sons de renuncia.
são os olhos. a abrirem devagar pela manhã. tão sem âncora. tão sem alvo. tão vazios e desistentes. que apetece ficar assim para sempre. no escorregar de um chão de marinheiro. a fundear segredos na água. moinho de qualquer mágoa.