Eu, cuja beleza altiva sorriu-se da Grécia,
Lais, a cuja porta eram enxame os amantes,
o espelho, em que me via, hoje a Afrodite dedico.
Não quero ver-me qual sou, não posso ver-me qual fico.
No auge da tempestade há sempre um pássaro para nos tranquilizar É a ave desconhecida Que canta antes de voar
René Char
de que vale a insistênciado teu nome nesta hora de irremediável fome em silêncio desço os degraus desta certeza amarga e toco o desalinho que me persiste da tua ausência.
Maré
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Óleo imf (link)
o absurdo como silêncio a escrita como sangue a vida como recurso a fala o sentido o corpo lá fora o universo dos gestos subtraídos ao fogo. a tentativa de nomear só o essencial. um grito errante. sobre a tua pele. e os teus olhos. o meu sal.
Isabel Mendes Ferreira
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foto jsm (link)
Eu sei. Sei quem cantará os nossos silêncios, as nossas bocas mordidas, o nosso rasto de gazelas. Sei. Sei tudo o que te escondo de mim, sei tudo o que o fogo destrói, sei tanto, mas tanto, sei mais do que o que me dói.
Que fizemos os dois? Fizemos tudo o que a garganta contrai. Fizemos as contas e afinal, eu fiz, eu só, eu sei.
Eme
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foto jsm (link)
Procuro a cor da noite nos teus olhos
…
Procuro a cor da noite nos teu olhos, como quem lambe a lua, devagar. Depois, digo barco, digo mastro,digo quilha e somos ilha propícia a navegar.
3 comentários:
Platão pela mão de Pessoa fica antológico e tão grego.mágico.
:)
_________________bom gosto. este.
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I,
Sejas bem regressada, mulher. A ausência da tua cristalina opinião, já se fazia notar.
Tudo o que Pessoa tocava, crescia. Concordo inteiramente contigo.
Beijo saudoso.
:))))))))))))))))
sorriso para o coment do Piresf que como sempre ___________exagera.
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