Na senda do que diz a I acrescento que, o contraponto também se faz no rosto e gestos da adolescente que está sentada.
Este pequeno grande poema é de uma sensibilidade e uma vivência, que só quem percorreu os caminhos do amor pode compreender em toda a sua plenitude. Há palavras que não se inventam, sentem-se.
________sou mais leve no desenrolar das pétalas com que te invisto no florário do meu caminho. sou o último diâmetro sem ramos espinhosos e na água com que te esculpo o olhar faço a ideia de amanhã_____________morde-me este devir que é agora tão final e alma!"
__________sem luas....sem álamos....com as mãos vazias.
No auge da tempestade há sempre um pássaro para nos tranquilizar É a ave desconhecida Que canta antes de voar
René Char
de que vale a insistênciado teu nome nesta hora de irremediável fome em silêncio desço os degraus desta certeza amarga e toco o desalinho que me persiste da tua ausência.
Maré
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Óleo imf (link)
o absurdo como silêncio a escrita como sangue a vida como recurso a fala o sentido o corpo lá fora o universo dos gestos subtraídos ao fogo. a tentativa de nomear só o essencial. um grito errante. sobre a tua pele. e os teus olhos. o meu sal.
Isabel Mendes Ferreira
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foto jsm (link)
Eu sei. Sei quem cantará os nossos silêncios, as nossas bocas mordidas, o nosso rasto de gazelas. Sei. Sei tudo o que te escondo de mim, sei tudo o que o fogo destrói, sei tanto, mas tanto, sei mais do que o que me dói.
Que fizemos os dois? Fizemos tudo o que a garganta contrai. Fizemos as contas e afinal, eu fiz, eu só, eu sei.
Eme
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foto jsm (link)
Procuro a cor da noite nos teus olhos
…
Procuro a cor da noite nos teu olhos, como quem lambe a lua, devagar. Depois, digo barco, digo mastro,digo quilha e somos ilha propícia a navegar.
9 comentários:
a música "dele" decantada pela ilusão
de quem se "amargou" de tanta claridade calcárea.
um cântico que não sendo solar carrega o gesto sempre etéreo/eterno.
saúdo. a escolha.
e "lá em baixo" o nevoeiro áureo faz o contraponto de uma luz marítima.
belíssima.
Na senda do que diz a I acrescento que, o contraponto também se faz no rosto e gestos da adolescente que está sentada.
Este pequeno grande poema é de uma sensibilidade e uma vivência, que só quem percorreu os caminhos do amor pode compreender em toda a sua plenitude.
Há palavras que não se inventam, sentem-se.
Uma escolha perfeita, JSM.
Forte abraço e um beijinho à I que voltou.
gosto tanto de passar aqui.
...hoje deixo-te um beijo
muito amigo.
e de súbito
vindo de um tempo
inconcebivelmente longínquo
uma maestria de pássaros:
o vício lírico das tuas mãos.
_______
Também o meu obrigado.
Eugénio de Andrade o grande poeta que imprime à palavra a condição dos pássaros.
E um beijo, perto, de carinho.
a todos
braços abertos I
a opressão do silêncio e da ausência
...e a música a escorrer pelos dedos da ternura.
escolhas de alguém muito especial
num lugar de culto
Beijos
________sou mais leve no desenrolar das pétalas com que te invisto no florário do meu caminho. sou o último diâmetro sem ramos espinhosos e na água com que te esculpo o olhar faço a ideia de amanhã_____________morde-me este devir que é agora tão final e alma!"
__________sem luas....sem álamos....com as mãos vazias.
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(como se fora memória do slêncio)
Maravilhada com Eugénio. Sempre.
Beijos.
Nem falo por mim porque é obvio mas creio que o próprio Eugénio de Andrade ficaria contente por ver comentários desta beleza a um poema seu.
Infelizmente só por mim posso agradecer mas faço-o de alma cheia. Muito e muito obrigado.
ENORME EUGÉNIO!
sempre.
obrigada.
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