perfumadamente como quem chama por uma chama....será vento será barco? mar não é certamente___________antes o interior de um nome que se chama sem arder na ardência de um perfume. que fica!
No auge da tempestade há sempre um pássaro para nos tranquilizar É a ave desconhecida Que canta antes de voar
René Char
de que vale a insistênciado teu nome nesta hora de irremediável fome em silêncio desço os degraus desta certeza amarga e toco o desalinho que me persiste da tua ausência.
Maré
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Óleo imf (link)
o absurdo como silêncio a escrita como sangue a vida como recurso a fala o sentido o corpo lá fora o universo dos gestos subtraídos ao fogo. a tentativa de nomear só o essencial. um grito errante. sobre a tua pele. e os teus olhos. o meu sal.
Isabel Mendes Ferreira
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foto jsm (link)
Eu sei. Sei quem cantará os nossos silêncios, as nossas bocas mordidas, o nosso rasto de gazelas. Sei. Sei tudo o que te escondo de mim, sei tudo o que o fogo destrói, sei tanto, mas tanto, sei mais do que o que me dói.
Que fizemos os dois? Fizemos tudo o que a garganta contrai. Fizemos as contas e afinal, eu fiz, eu só, eu sei.
Eme
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foto jsm (link)
Procuro a cor da noite nos teus olhos
…
Procuro a cor da noite nos teu olhos, como quem lambe a lua, devagar. Depois, digo barco, digo mastro,digo quilha e somos ilha propícia a navegar.
10 comentários:
a capacidade de dizer muito "perfumando" pouco. texto da ciência antiga sempre de uma actualidade gritante.
bom dia JSM.
e esse barco corta o nevoeiro....e perfuma o horizonte..
:)
como a escassez de palavras pode ser tão insinuante!
um abraço.
Este poema bem podia ser um texto de lançamento de um perfume requintado e irresistível.
"Ofereço-te um perfume? Ofereço-te ao perfume?
No fim de contas, tu — perfumas o perfume."
E as suas fotos são poesia da imagem(?).
Belas. Perfumadas.
Abraço JSM.
E saio no êxtase deste aroma.
perfumadamente como quem chama por uma chama....será vento será barco? mar não é certamente___________antes o interior de um nome que se chama sem arder na ardência de um perfume.
que fica!
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Não temos nada a acrescentar onde tudo está dito.
“A posteridade”, disse Faguet, “só gosta de escritores concisos”
“Erostratus”. in Páginas de Estética e de Teoria Literárias. Fernando Pessoa.
PS: a frase acima dedico-a à IMF juntamente com esta:
“Tem a arte, para nascer, que ser de um indivíduo; para não morrer, que ser como estranha a ele.”
Textos de Crítica e de Intervenção. Fernando Pessoa.
:)
e "a vida é a hesitação e uma interrogação. Na dúvida, há um ponto final"
Fernando Pessoa no Livro do Desassossego.
obrigada PiresF, com beijo matinal.
... e as fotos são sempre magnificas
um beijo a todos
o perfume já ficou
em cada sílaba pronunciada
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Bom domingo, vou dormir no embalo da chuva
Do perfume das palavras...
Um abraço.
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